Análise a THE LOST KING

★★★★ - Um filme típico britânico com uma excelente performance da atriz principal.

Sinopse

O filme conta a história de Philippa Langley (Sally Hawkings), uma mulher, que sofre de Síndrome de Fatiga Crónica, depois de ter perdido a promoção no seu trabalho para uma empregada mais jovem vai a uma peça de teatro sobre o Rei Richard III e fica encantada com a sua história e com o facto do corpo dele nunca ter sido encontrado.

Philippa então começa a sua busca pelo corpo perdido do Rei, para isso procura ajuda no grupo de "Ricardians", foi também fazendo pesquisa em livros de historiadores e pediu ajuda a alguns desses historiadores para a ajudarem a resolver o mistério.
Depois, Philippa acaba por ir à Universidade de Leicester, um historiador da universidade vê o potencial e ajuda-a, nisto eles acabam por deduzir o local onde é possível estar o corpo, no entanto, a Universidade decide não financiar, mas a Câmara de Leicester ajuda financeiramente e com a permissões para escavar o parque de estacionamento onde era provável estar o corpo.
No entanto, depois dos scans terem dado resultados negativos todas as ajudas foram retiradas, Philippa numa desesperada tentativa faz um apelo a todos os "Ricardians" e estes conseguem angariar todo o dinheiro necessário para a escavação. A escavação do parque segue conforme o plano e nisto encontram o corpo do Rei Richard III.

Depois de terem encontrado o corpo, a Universidade de Leicester fica com os louros da descoberta deixando Philippa de parte, apenas dando alguns créditos a ela.

Análise

Este filme mostra algo recorrente no mundo académico, as grandes universidades e empresas aproveitam-se da inexperiência e da ingenuidade dos demais, fazendo com que os créditos vão apenas para as universidades ou empresas.

O filme está muito bem realizado, no entanto, é percetível que nem todos poderão apreciar o filme porque tem algo intrinsecamente britânico, desde a sua produção, ao guião e à realização. Este filme conta com muita comédia e momentos estranhos típicos da cultura cinematográfica britânica. É também de notar a capacidade dos realizadores e produtores de transmitir uma sensação de inquietação através da soundtrack e do ângulos das câmara, de modo a demonstrar também o psicológico da personagem e conseguir uma sintonia com os seus sentimentos durante o filme.

É de louvar também as performance de todos os atores, mas especialmente Sally Hawkings, ela faz uma performance digna de uma nomeação aos Oscares.

Outra ponto a ter em conta é que a história contada pode não ser a verdade a 100% visto que é uma dramatização do livro escrito pela própria Philippa, mas mesmo assim é algo pertinente para o mundo académico que vivemos hoje em dia.